quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Textos prontos.



Amanhã tem mais pessoal!

ASSUNTO DO COTIDIANO: "Nossa, como você engordou!"

Duas amigas que nao se viam há muito tempo, se esbarram no metrô e uma começa o diálogo:


- Nossa amiga, quanto tempo, o que você tem feito menina?
- Ai amiga, to namorando e trabalhando bastante!
- Nossa, mas você engordou hein!
- Amiga ou melhor, Sua vagabunda por que voce não vai tomar no meio do seu *ú, sua invejosa do cara***, vai dar a bunda na esquina sua vaca filha de uma *uta.


Essa seria a resposta perfeita né? Mas não, você dá um sorriso amarelo e diz "É eu sei, to com uns problemas mas vou começar a academia."Aí você vai embora triste, com ódio da amiga e de você mesma inclusive do seu peso, chega em casa e se empanturra de chocolate.


Gente, esse diálogo aí em cima eu presenciei no metrô mesmo, ele é verídico...nessa época eu nem gorda tava e minha vontade era de voar no pescoço da amiga vaca sem noção. Fiquei imaginando o estrago que ela fez na cabeçinha da menina que deve ter engordado uns quilos.


Gente, as únicas pessoas que gostam de engordar é quem veste manequim menor que 36...então por favor, nao cometam essa gafe! E se uma amiga dizer "Ai eu engordei tanto", a resposta certa é "Magina, você está ótima!".




Vou contar algo que aconteceu comigo...a protagonista foi minha avó. Foi no pior momento possível! Foi assim...


Na minha gravidez, eu atingi 110 kilos. Sim, eu estava um balão, mas meu mecanismo de defesa era que eu estava grávida...mas no fundinho, eu sabia que eu tava gigante. No dia do meu chá de bebê, eu estava super feliz, fiz meu chá no dia do meu aniversário de 24 anos, usei a tática de usar vestido, pois assim ninguém pediria pra ver minha barriga cheia de estrias, enfim...eu estava sendo muito bajulada por todos.


Na hora de se despedir das pessoas, agradecer a presença tal... véio, te juro... a minha vó que não tenho tanto contato assim que é louca pra dar fora, pra você ter idéia ela me chama de Luciana, Juliana, menos de Fabiana....ja veio, com um olhar prestes a jogar uma bomba...no que eu dei uma abraço nela de tchau, ela ja emendou :


- Nossa filha, to com tanta dó de você, você tá tão gorda.


Eu não aguentei e retruquei:


- Vó, por que a senhora não cala sua boca? - e emendei uma risada de descontração.


Po, eu sei que é velho, sei que velho fala coisa sem noção, é bem coisa de vó ser sincera mesmo, mas mano, ela era uma vó que nem afeto tinha por mim e nem eu por ela, uma vó que nem sabe o dia do meu aniversário, uma vó que nao acerta nem meu nome e vem encher o meu saco e dizer que eu to gorda no dia do meu chá de bebe niver??? Ahhhh vsf vsf vsf...nesse caso, não respeitei os idosos mesmo. Mas eu te digo uma coisa, depois dessa, a véia nunca mais errou meu nome...agora me trata com muito mais zêlo eu diria. 


Eu espero ser uma véia com noção. Mal ae vó, mas a senhora mexeu no meu ponto fraco.









Excesso de Vaidade

- Mãe, você cozinhou esse frango como?
- Mãe, nao faz janta por favor!
- Mãe, não vou comer porque tem óleo demais nessa carne.
- Mãe, compra tudo light por favor?


Eu tinha apenas 16 anos...e isso era o mínimo que eu exigia. Eu achava doces um veneno, eu achava arroz uma agressão ao meu corpo, eu achava que feijão estufava minha barriga, enfim...eu era chata e psicótica pra carai.


Confesso, essa fase foi o auge da minha forma física...eu só comia coisas integrais, frutas, legumes, verduras e tudo em pouca quantidade. Eu sempre amei comer, só que nessa época, a comida não me fazia falta, eu não tinha ansiedade porém eu também nao me amava. Eu nunca estava satisfeita...minha coxa nao podia balançar e balançava, minha barriga tinha que trincar e não trincava, eu odiava meu rosto redondo, por que raio ele nao era fino? Eu perdi peso e perdi bunda também, nao tinha peso na musculação que fazia minha bunda aumentar. Era uma eterna crise e assim começava uma grande guerra psicológica comigo mesma. Eu sabia que era bonita, gostosa e chamava atenção. Mas eu não estava satisfeita, queria perfeição!


Minha rotina aos 16/17 anos era ir pra escola/faculdade...voltar, almoçar dormir até o horário de Malhação, chegar as 18 hrs na academia e só sair de lá quando ela fechasse (as 22 horas), na minha fase mais tranquila eu malhava nesse ritmo frenético cerca de 4 dias por semana, mas com o passar das cobranças, isso foi aumentando pra 6 ou 7 dias da semana malhando pra caramba. 


Não lembro como tudo começou, mas sei que começou com esse excesso de vaidade e exigência comigo mesma, desenvolvi uma sequela psicológica, nao é nem sequela, é conseqüência né...bom, desenvolvi BULIMIA. Mas a minha bulimia, não era essa bulimia de se empanturrar de comida e depois vomitar...a minha bulimia era de comer uma banana e vomitar essa uma banana. No começo, eu vomitava pouco...mas a culpa foi se tornando tão forte que quando me deparei, eu estava vomitando depois de todas as refeições.


Lembro como se fosse hoje, uma sexta feira, eu no auge do meu treino de perna na academia e uma amiga minha me aparece na recepção...na hora eu pense "Whata fuck?", bem, fui lá e ela estava toda feliz e me disse "Vai Fabis, pega suas coisas e vamos no Açaí"...gente voces sabem quantas calorias tem um açaí? Fora que ela invadiu minha privacidade, meu momento, meu vício e queria me forçar a comer um açaí? Ela só podia estar brincando comigo...mas não, ela me tirou a força da academia.


Fomos no açaí...comi aquela porcaria deliciosa, conversamos e enquanto conversávamos eu sentia todo o açaí acumulando no meinho da minha coxa ou nos pneuzinhos laterais da pança...mas só eu sei que eu não escutei bulhufas do que ela dizia, só pensava se quando eu chegasse em casa, se eu ía conseguir vomitar aquele açaí inteiro. Foi dito e feito, cheguei em casa e vomitei o açaí...enquanto não vinha aquele gosto amargo, eu não parava de enfiar o dedo na guela...as vezes, precisava ver o amarelinho (chama biling né?) na privada pra ficar feliz.


Os vômitos foram ficando frequentes, quando saia de domingo pra almoçar fora com meus pais cheguei a vomitar nos restaurantes mesmo logo depois de comer, ligava o chuveiro e vomitava no banho pra ninguém escutar, vomitava na casa de amigos. Enfim, existe quele termo "Eu cago em qualquer lugar", no meu caso era, "Eu chamo o hugo em qualquer lugar".


Eu percebi que quando era chata com comida em relação a frituras e codimentos, eu era chata mas não vomitava quase nada. Percebi que conforme eu peguei o hábito de vomitar, eu comecei a voltar a comer porcarias, voltei a comer pães, doces e massas...não negava mais nada, nem rodizio de pizza...mas comecei a fazer isso, por que depois sabia que eu ía vomitar mesmo, então não engordaria. 


Isso durou cerca de 3 anos...e só eu sei a Gastrite que eu desenvolvi. Inclusive, sofro com ela até hoje. 









Baladinhas - 10 anos atrás.

Ahhhh,só quem conviveu comigo sabe o que eu vivi, tudo tinha muita emoção naquela época! Como as musicas eram boas! Diga-se de passagem tenho quase todas baixadas aqui no meu computador...nos meus momentos de nostalgia, eu escuto e sinto o cheiro daquela época!

Quando eu saia de matinê, ou seja, na época que eu era balofinha, eu conseguia curtir mesmo ficando forever alone na pista, pq eu amava as músicas!!! Nossa, aquela época do DJ Ronaldinho na Kripton era puro extase!

Quando eu tinha apenas 15 aninhos, eu já tinha meu RG falsificadinho hehe. Eu sempre fui uma das mais novas das minha amigas, enquantos todas estavam pra fazer 17 anos eu estava nos 15...na Kripton, de sábado com 16 anos já podia entrar, naquela época até bebida alcoolica vendia-se pra menores, mas como todas ja tinham 16 pra 17 anos, eu tinha que aprensentar meu RG falso de 18 pra entrar.  Nessa, eu e minha amiga Natália vimos vantagem. A Nati começou a fazer RG falso de todos os meses do ano, juro! De Dezembro a Janeiro ela fazia aniversário todo mês haha, com isso conseguíamos entrar em todas as baladas (inclusive nas que era preciso ter mais de 18 anos) e não pagávamos nádegas! O esquema era mandar lista de anivérsário com nomes de desconhecidos, mas a aniversariante era sempre ela e eu a acompanhante que tinha direito a VIP 00.

Na última vez que saí de domingo pra matinê, eu sentia que algo ía acontecer...e aconteceu...ah e eu ainda era balofinha. Sim...meu primeiro beijo aconteceu....romântico? Que mané primeiro beijo romântico rapá, enquanto minhas amigas estavam perdendo a virgindade, vc acha que eu estava preocupada em ter um primeiro beijo especial com alguem especial? Cara, eu tava absurdamente desesperada pra deixar de ser BV! Na escola quando chegava aqueles cadernos de perguntas e respostas com a seguinte pergunta " Voce é BV?" afff me dava calafrios! Claro que eu sempre menti né, sempre escrevia que já tinha beijado...mas com 15 anos eu nunca tinha beijado ninguem, só beijava o poster do Márcio Garcia que eu tinha dentro da minha porta do armário. Pois bem, e o primeiro beijo aconteceu assim, sem ninguem especial, sem ninguém com nome (nem quis perguntar pra nao perder tempo) e sem emoção nenhuma. Foi lá na Kripton mesmo, só lembro que o rapaz tava de boné vermelho, ele se enfiou na minha frente e eu já NHOC na boca dele! Queria nem saber se tinha dentes, beijei mermo e quando terminei saí correndo pro banheiro e comecei a rir sozinha me olhando no espelho, tipo "Manooo, não sou mais BV!!! Yessss!!!" Mas confesso, achei meio nojentinho aquele lance de língua e baba...e sabe quanto tempo depois fui beijar denovo? 1 ano depois...

Quando comecei a sair de sábado, tudo mudou, meu corpo mudou, mas minha essência era a mesma. Depois que emagreci minha mãe começou a comprar roupas novas pra mim, não comprava mais camisetas do Mickey e shorts de cotton, agora eu usava calça social ou saia de secretária e blusinhas! (Bem diferente da moda de hoje). Eu sempre saia com as minhas amigas do prédio, a gente amava sair! Depois fui começar a sair com a Re e com a Nati, as vezes a gente saia de caravana, era muito divertido.

Quando comecei a sair de sábado, estava mais magra e sim, a magreza me fez ser piriguete. Lembro-me como se fosse hoje, a primeira vez que fui de sábado, gente que sucesso foi aquele? Os homens me olhavam (até pra minha bunda!), mexiam no meu cabelo, vinham conversar comigo, tentavam agarrar logo de cara...e o que eu fazia? Eu catava todos! Passava o rodo mermo...podia ser feio, bonito, gordo, magro...eu tava pegando...gente, eu ainda nao tinha auto-estima né...não podia exigir muita coisa, então fia...caiu na rede é peixe le le a, o que o que, a Fabi vai golear. Nossa, quando eu saia da balada no zero x zero, era tipo um termômetro da minha sensualidade, se eu nao beijava ninguem na night a balada tinha sido péssima rs.

Com o passar do tempo, depois que entrei na academia, virei linda e gostosa eu comecei a me sentir bonita, mas bonita mesmo. Eu me achava tanto, que eu ía pra balada e já chegava com pose de intocável...minha fama não era mais de piriguete e sim de "eu escolho quem eu vou pegar apenas com meu olhar" e assim foi, eu chegava, analisava, dançava e quem eu via de longe e me interessava eu lançava meu olhar 43 e sempre, SEMPRE o rapaz vinha e eu NHOC, beijava moito. Em uma fase eu sentia tão fodástica que eu só pegava loiros, podia aparecer o moreno mais gato e sensual na minha frente que eu dispensava, só queria loiros apenas(culpa do Nick Carter). Quando eu nao tinha auto estima, eu beijava vários e conseguia dançar a noite toda. Quando eu tava na minha fase de "eu me acho" os caras que ficavam comigo não largavam a noite toda e pediam telefone no final, e claro que eu sempre passava o tel da China In Box. Jamais eu passaria meu tel pra ficarem ligando em casa e chover perguntas do meu pai e da minha mãe, era vergonhoso demais isso, hoje os jovens tem sorte por que existe Facebook, SMS e celular. Naquela época, só tinha celular meu pai e pra trabalhar...e ninguem passava ICQ na balada, era muito nerd fazer isso.

Minha vaidade foi ficando cada vez mais crítica, eu era absurdamente chata pra comida, absurdamente viciada em exercícios físicos e meu cabelo era minha vida...a Nati lembra bem disso, na balada, meu canto era embaixo do ar condicionado, se eu saísse de lá, o cabelo inflava. Era engraçado quando a gente chegava e já tinha pessoas no "nosso" lugar né Nati? A gente começava a dançar meio que empurrando as pessoas de lá até conquistar nosso espaço haha...era demais.

Ahhh se eu pudesse voltar pelo menos um dia pra essa época...como passa rápido a adolescência...


Essa fase deixou sequelas na minha vida...conto no próximo post. Beijos!